I am complete

Você é o meu amorzinho,

você é o meu amorzão, você é o tijolinho,

que faltava na minha construção...

Eu nem cheguei a comentar aqui como foi a comemoração de 10 meses de namoro, estava tudo bem bonitinho e as coisas deram certo dessa vez (não teve dor de barriga, e nem coisas do tipo). Meu pai emprestou-me o carro pela primeira vez pra eu sair (sozinho) então aproveitei e levei o Alemão ao cinema, assistimos ao novo filme da Disney-Pixar, Família do futuro, o filme em si não é tão legal comparados aos outros, mas a mensagem que ele deixa já vale a pena assistir, que só se aprende errando e devemos sempre seguir em frente. Depois conversamos bastante, já que o filme havia nos inspirados e o Alemão disse que aquela mensagem veio numa hora certa pra ele, levei-o para casa já que tinha que devolver o carro as 10:00 PM e queria fazer tudo certinho (pra ir ganhando a confiança do meu pai e posteriormente ter mais liberdade pra pegar o carro), na verdade o Alemão ele pediu pra dirigir um pouco, e acabou se auto levando sozinho por si mesmo pra casa (rsrs), só deu pra dar uma bitoquinha de despedida já que os vizinhos deles adoram olhar o movimento da rua, mas estava tudo ótimo, voltei pra casa, um pouco nervoso já que era a primeira vez que estava longe de casa com o carro e dirigindo sozinho, então pra não preocupa-lo assim que cheguei liguei para avisar que estava tudo bem, sou do tipo que faz parte da comunidade, “ a tua presença me basta”, então mesmo que não possamos comemorar exatamente como queríamos, só de estar do lado dele no dia que completamos 10 meses juntos bastou.

Eu não entendo, estou sob um grande stress nos últimos dias, sendo grosso com algumas pessoas, descontando a raiva em outras, o caso que ando sobrecarregado de atividades, mas acho que deve ser normal algumas atitudes devido as circunstâncias.

Ontem pela noite o Alemão me liga:

Alemão: Oiiiiiiiii!

Eu: Oi! :)

Alemão: Te liguei pra pedir permissão..

Eu: Como assim permissão?

Alemão: É que vou sair com o T. e a L. que trabalha comigo.

Eu: Permissão! Hahaha, vai ué...

.....

Achei isso bem engraçadinho e meigo, ele já havia me chamado pra sair durante a semana, mas já imagina que não iria poder, já que teria aula na manhã de sábado, e estava um pouco estressado e sem ânimo pra se divertir numa boate, e é claro que ele nem precisava pedir permissão, já que sou namorado e não dono dele, algumas pessoas pensam que namorar é o mesmo que perder a liberdade, o que eu não concordo, mas obviamente essa conversa foi com tom cômico, creio que foi a primeira vez durante o namoro que ele saí sem a minha companhia, e eu acho só legal avisar quando acontecer isso, já que como somos acostumados a ligar sempre um para outro, poderia ligar na casa dele e ele não estar, então já pensaria somente em duas possibilidades, ou algo muito sério havia ocorrido, ou ele havia saído mesmo sem avisar para onde iria, o que não teria motivo nenhum a não ser urgência, então não teve nada a ver com permissão a ligação que ele me fez, e sim com o propósito de avisar caso eu ligasse e ele não se encontrasse, alias se ele não fizesse o tal “pedido de permissão” , eu mesmo teria incentivado a sair com os amigos, só não fiz o mesmo porque havia esquecido desse programa pois estava atolado de deveres e etc.

Eu já tive que sair desacompanhado dele algumas vezes, mas foi porque eram eventos de faculdade, churrasco da turma, festa da sala e tals, e eu evito mesmo sair com colegas da faculdade acompanhado do Alemão, já que eu odeio a maioria dele (quase todos homofóbicos) e se eu já me sinto numa situação desconfortante perto deles, evito que o Alemão passe pelo mesmo.

Como ele me disse a noite foi ruim, ele preferia ter ficado em casa, pois o lugar onde foram estava vazio, depois foram pra outro clube onde só haviam coroas atrás de garotos, segundo ele, e que se sentiu solitário saindo com os amigos (as idéias são diferentes), pra mim isso foi bom pra ele sentir como é estar em minha pele, pois é exatamente como me sinto quando sou obrigado a ir a lugares sem a companhia dele (apesar que nesse caso não foi conta a vontade), alias isso é um saco, eu sempre quis ir a um casamento já que nunca fui a esse tipo de festa, e quando tive a chance desisti, pois o convite era só pra mim, e eu não queria deixar meu namorado pra ir na festa, queria ir junto com ele como todo casal de namorado, a única desvantagem de namorar escondido pra mim é essa, porque geralmente os convites são feitos a você, e não a você e seu namorado como é de costume com num relacionamento hetero ( aparece lá e leva a namorada!). Sim, eu prefiro ficar em casa do que sair sem a companhia dele, é totalmente solitário, mas é por opção minha mesmo, e não, eu não sinto nenhum pouco de ciúmes se ele tiver que sair sem mim como nessa situação, fico meio desconfortável por querer ir e não poder, mas nada em relação a desconfiança, nessa questão não tem nem o que argumentar, pra mim não existe relacionamento sem confiança.

Á algum tempo sinto um certo desconforto em relação a um assunto, que é o agouro de algumas pessoas a respeito do meu relacionamento, eu já ouvi várias coisas nesses 10 meses de namoro, como por exemplo que eu e ele somos muito frios um com o outro, que nem parecemos namorados e sim amigos, que eu sou só o primeiro e que ainda temos que conhecer muita gente, que quando conhecermos outras pessoas mudaremos nossas idéias, que o casal é fofo mais não dura muito, e a ultima coisa foi que eu trairia o Alemão algum dia com outra mulher (¬¬), essa não teve como eu não rir, e sabe o que é o pior, ouvir isso de pessoas próximas, essa última foi dita pelo melhor amigo do Alemão, a qual eu tinha ou tenho (nos últimos tempos está difícil de decidir) grande admiração. È verdade que eu dou atenção a opinião alheia, o que eu sei que é errado de minha parte, pois mesmo sabendo que não devo me importar com isso, ainda sim dou (por mínima que seja) atenção, e de certa forma essa insegurança é transmitida, e acabo me sentindo inseguro, não que eu deixe de acreditar no Alemão, que é a única pessoa que eu acredito, mas é que não sei explicar, parece que tanta energia negativa acaba me afetando, e não tem jeito, não adianta dizer o que vem de baixo não me atinge, porque atinge sim, você pode pisar no cocô que ainda vai continuar fedendo, a não ser que você prefira fingir que ta cheiroso, e eu não gosto de fingir nada.

O alemão disse para eu não dar ouvidos aos outros, já que nesses tempo em que estamos juntos vimos casais se juntando, se separando, brigando, mas nós dois sempre ali, firme e forte. Chegamos a conclusão que algumas pessoas infelizmente não nos conhecem direito, e que também não é culpa delas não compreenderem, já que nosso relacionamento é algo bem diferente, os dois são diferentes dos outros, mas muito iguais se comparados, temos uma ótima sintonia e é isso que as pessoas não entendem, não é nosso costume ficar se agarrando na frente dos outros, e nem demonstrar muito carinho na mesma situação, mas isso não que dizer que nos amamos menos, além do mais temos muitos amigos heteros que sabem do nosso namoro e apóiam, e eu digo por mim que não me sinto muito confortável em ter um contato mais íntimo com o Alemão na frente deles, mas isso é mais por respeito mesmo, já que não posso obriga-los a assistir a uma cena que infelizmente não é rotineira pra eles, cada um tem seu tempo, e a gente sabe respeitar isso muito bem, apesar de nunca termos sido repreendidos por nenhuma atitude, pra ser sincero eu não gosto muito de ver melação nem mesmo por parte de casais heteros, acho que certas atitudes são muito forçada e não há necessidade de fazer “shows” na frente dos outros, mas também sei que cada um tem sua forma de demonstrar o amor e o carinho pela pessoa amada (minha opinião). Quando estamos no carro do melhor amigo do Alemão e estamos nos aproximando da minha casa, ele vai com o carro mais devagar e fala, “aproveitem, se beijem logo antes que cheguemos..”, é como se tivéssemos a obrigação de dar aquele beijão na frente dele ou de quem estiver no carro pra provarmoso nosso amor, isso é tão forçado, e é claro que dependendo da situação a gente só da um selinho rápido, ou um grande abraço, então isso faz com que pensem, “ Nossa! Se amam tanto e mal se beijam”, por sorte como já falei no inicio somos muito ligados, e nós dois sabemos quando tem que rolar e o que deve rolar dependendo da situação, ele deve sentir que eu fico nervoso e que acho arriscado por estar perto de casa, por estar na rua onde a qualquer momento pode passar um conhecido, e ele conhece muito bem o meio onde vivo, no entanto como em certas situações a emoção fala mais alta, aí não tem jeito, tocamos um foda-se e se agarramos mesmo.

È difícil estar numa situação assim, um relacionamento escondido, onde nem mesmo nossos amigos entendem que nosso caso é diferente, e por não verem demonstração de amor, como se vê em casais heteros pensam que nos amamos menos,eu penso ao contrário, se amamos muito mais, e é bem difícil esse negócio de contato físico, demonstração de carinho sem ter que se preocupar com s circunstâncias, pra se ter uma idéia uma das formas que acabamos adotando pra suprir essa carência do abraço, do toque, do contato, da pele; foi a “lutinha”, então volta e meia estamos nos socando pela rua, ou dando petelecos na orelha um do outro, ou fazendo coisas do tipo, bem infantil mesmo, por falar nisso, sempre dizem que aparentamos ser mais novos, então nessa parte é até engraçado, e ele sabe que quando estou incomodando-o e tentando deixa-lo irritado comigo, na verdade estou com aquela vontade louca de dar um abraço e uma mordida bem forte, rsrs.O caso é que nosso relacionamento é fora do normal, e as pessoas tendem a ficar nos comparando a suas relações ou experiências, quando não sabem o que estamos vivendo é totalmente fora da realidade delas, o engraçado das pessoas que falam é que as mesmas nunca estão num relacionamento duradouro, quase sempre me questiono sobre esse lance do “amor”, acho que da mesma maneira que não é fácil descrever um sentimento tão divino, ocorre com a demonstração desse sentimento, a única certeza que tenho é que confio tudo o que tenho ao Alemão, e o mesmo diz confiar em mim, e os dois sabem que mais que o amor é preciso confiança, e somente por isso nos damos incrivelmente bem, tão bem que chega a ser incompreensível para algumas pessoas.

Por sorte, se é que se pode considerar sorte isso, sou uma pessoa que desejo aos outros somente o que quero que desejem pra mim, então espero que todas as pessoas no mundo sejam tão felizes quanto eu sou no meu relacionamento, e que todas um dia possam achar seu Alemão, pois só assim, talvez, poderão compreender até o que eu tentei desabafar nesse post e creio que não consegui.

Amo-te Alemãozinho, e bem se fosse só palavras como seria com qualquer outro casal, mas pra nossa sorte, tu sabes que não é, e assim seremos felizes, talvez não pra sempre como muitos insistem em prever, mas o quanto Deus permitir que estejamos juntos.