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quinta-feira, 22 de março de 2007

Aconteceu, acontece...

Aos pouco estou me familiarizando com o blog, estou gostando muito de escrever aqui, e como vocês viram coloquei um player, mudei algumas cores, entre outros, estou tentando entender como funcionam as coisas aqui, e por falar no player, foi o que mais me deu trabalho, mas finalmente consegui colocar as musicas que mais gosto pra tocar aqui, e aos poucos de acordo com que for aprendendo vou tentando melhor a página.







Nessa semana encontrei a Mariana ( O primeiro amor de um homem parte I e II ) como de costume no ponto de ônibus, e ela me contou a dificuldade que estava tendo com a família, já que a mesma não aceita o fato dela ser bissexual e a vida dela ta virando um inferno, ela disse que eu tenho sorte por minha família não torrar minha paciência, o fato é que meus pais confiam muito em mim, nunca dei motivo pra eles me privarem, então eu tenho até uma grande liberdade, a única coisa que considero sorte mesmo é o fato de não implicarem com meus amigos, antes isso era um saco, me fazia sofrer pra caramba, mas nos últimos anos não tive mais problemas com isso, o único “amigo” que vem em casa com mais freqüência é o meu namorado rsrs, que por sorte todos aqui gostam dele. O fato é que Mariana pediu minha ajuda, ou melhor, pediu para ser seu cúmplice num plano, ela queria visitar uma amigas, “as sapatonas” como a família dela fala, pois uma estava indo embora, e tinha festa de despedida, sinceramente eu não queria me envolver,já que poderia entrar numa encrenca bem grande, mas achei melhor ajuda - lá, então ela me contou o plano que faríamos mais a noite, disse que iria na festa mas contaria a mãe dela que iria na minha casa me ajudar com um trabalho, e foi o que ela fez, levou caderno e tudo,e me garantiu que voltava cedo da festa, e dentro de alguns minutos apareceu um carro que a buscou, estava com pouco de medo, pois não saberia o que falar aos pais dela se algum deles ligassem pra confirmar que ela estava aqui, e além de não saber mentir, eu odeio ter que fazer o mesmo, por sorte ninguém ligou, a não ser ela que ligava no meu cel pra saber como estavam as coisas, e por sorte o irmão dela não veio aqui em casa também pra conferir, caso ele viesse, ela me deu instruções pra não atender e fingir que não tinha ninguém em casa, já que estava sozinho nesse dia, por fim ela volto, estava bem feliz, não sei se era por ter conseguido se despedir ou se era por efeito da bebida ou cigarro, mas depois conversamos um pouco e ela foi embora, me agradecendo mais uma vez, e durante as nossas conversas ela me fez perguntas nas quais eu não sabia ou não poderia responder, ela me pediu a opinião de que fazer com toda essa situação, sinceramente acho que ela não devia nem ter contado, a mãe dela ta espalhando para seus primos , que ficam ligando pra ela e enchendo o saco, “querendo ter conversas sérias”, sem falar que ela perdeu toda a liberdade,mas apesar de tudo não disse a ela que não deveria ter contado, alias ela foi muito corajosa, só que como eu penso, muitas vezes a coragem não nos serve de nada, felizmente estou sossegado, meu problema nem é o “contar”, “sair do armário”, mas as conseqüências que virão depois disso, vai ser um stress da porra até todos se acostumarem com a idéia, perceberem que não sou doente, e muito menos mudar, então é pro isso que me programei pra contar mais ou menos ano que vem, que é quando pretendo ir pra longe de casa, trabalhar e finalmente ter minha vida.

Por falar nisso, aconteceu mais um daqueles maravilhosos imprevisto, que estranhamente só começaram a acontecer depois que comecei a namorar, estávamos eu e meu alemãozinho no quarto “mexendo no computador”, quando minha mãe nos fez um convite, ela estava de saída, ia a um jantar com uma amiga, acho que as duas não queriam ir desacompanhadas de um “homem”, pois meu pai deu uma de fugitivo, viajou sem mais nem menos e só Deus sabe onde ele está agora, ele não liga faz duas semanas, aquelas revoltas de meia idade, rsrs, mas o mais engraçado da história foi minha mãe ter convidado meu namorado, que não quis ir de inicio, pois havia esquecido o dinheiro em casa, e ele odeia pedir emprestado, adora emprestar dinheiro ( má, má, oeee, quem quer dinheiro?) já que quase sempre eu preciso :p, mas minha mãe insistiu e disse que pagava tudo ( de que caravana você veio?), foi muito legal o jantar, o local era longe pacas, praticamente na cidade vizinha, a única coisa chata era as músicas de baile, gauchesca e tals, na qual não sou muito fã, mas eu e meu namorado rimos muito vendo uns doidos que sempre têm, dançavam de jeito engraçado, e até fizemos uma coreografia da música Vuco-Vuco, ou seja lá qual nome daquilo, como estávamos de carona viemos tarde, mas estávamos felizes, pois ambos sabíamos o que aquilo significava, ele iria ter que dormir em casa já que não tinha mais ônibus, e no caminho e durante o jantar mesmo, falei com minha mãe, e pela primeira vez comentei minhas idéias de ir pra capital ano que vem, estudar, arranjar emprego, ela deu até idéia de morar com meu padrinho, e contei a ela que um amigo (que ela conhece a família) ia dar um força por lá, eu acho que ela não pensava que estava falando sério, porque como o assunto foi fluindo, acabei falando que o alemão iria junto porque ia fazer faculdade ano que vem lá, e que tinha mais um amigo que também ia fazer faculdade , e estávamos pensando em dividir um lugar pra morar e tudo mais, e enquanto eu falava eu vi que a expressão dela mudou, os olhos estavam com lágrimas, parecendo que estava segurando pra não demonstrar uma certa tristeza, e eu senti que ela ficou desanimada, imagino o que ia se passando em sua mente, mais um filho indo embora, acho que ela tem medo de ficar sozinha, pois depois de mim tem só mais um irmão mais novo que mora com a gente, e ele é 4 anos mais novo. Mas por sorte ela não repreendeu, o que pra mim já é muito bom, assim ela vai se acostumando com a idéia, melhor que chegar ano que vem e eu partir sem mais nem menos, ela ia encher o saco, e é melhor ter um apoio, ainda mais no inicio até eu poder me virar sozinho.

Foi uma noite muito boa, dormir abraçadinho durante a semana, não poderia ser melhor, apesar de irmos dormir tarde e ter que acordar cedo no dia seguinte, ele pra ir ao trabalho e eu pra faculdade, mas no resto, está tudo perfeito, e sexta agora, iremos a um show juntos, mas o melhor vai ser depois do show, já que mais uma vez ele irá dormir aqui rsrsrs e assim discutiremos mais sobre planos futuros.


Tenham todos um excelente dia, e até o próximo post.

6 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto isso, No meio de uma postagem:

Mãe: VEM AQUI MULEQUE!!!
Eu: que foi mãe? (olhando pra mesa cheia de produtos, e com o liquidificar cheio de uma coisa verde)
Eu: QUE ISSO!! O_o
Mãe: é creme pra passar no cabelo, batido com babosa, fóssil de dinossauro, testículo de dromedário e flores das montanhas escandinavas.
Eu: ata, eae?
Mãe: eae, que você vai sentar aqui ( me jogando na cadeira) pra eu passar no teu cabelo pra ficar bonito!


Resultado: Agora estarei lendo e respondendo os comentários do post anterior enquanto escorre uma gosma verde da minha cabeça, se eu não ficar careca até amanhã ficarei muito feliz.

Anônimo disse...

Hohohoho... a melhor parte deste post (muito bom como sempre) é imaginar você com a gosma na cabeça! :-)

E eu tava falando do seriado "Os Assumidos" que o seu Alemãozinho diz não gostar por mostrar todo mundo só pensando "naquilo". Comecem a assistir juntos, depois do choque inicial vão ver que não é nenhum monstro e tem histórias bem bacanas! Afinal, é o único seriado "nosso", pô! :-D

Beijim!

Anônimo disse...

O tal de Noah eu desconheço - valeu a dica! Mas L(esbian) Word é de perereca, caceta... quero ver isso não!! Vai dar indigestão!

Vc é o maluco do messenger? Gui?

Anônimo disse...

Fala guri!

Nossa que movimentado ficou o blog com esse dia da postagem coletiva contra o Preconceito.

Bom, sabe que o meu primo quando contei pra minha família que eu era gay, resolveu dizer pra dele que ele era bi. Só que o detalhe é que ele não é bi.

Pense: A família dele toda preconceituosa, logo trataram de dizer que ele tava doente, que tinha que se tratar, "mudar". E ele aceitou isso, o que foi pior... E agora tem que estar sempre fingindo que tá "bem".

Acho que assumir bissexualidade é algo foda. Muito porque muita gente vai ficar querendo dar lição de moral e incentivando pra ti ser "normal", pra ti arranjar uma mulher, casar e procriar.

Adorei teu relato da janta... Adoro essas coisas que simplesmente acontecem.

Minha mãe é a minha melhor amiga, com quem posso contar pra falar sobre estas coisas. Ela sabe de mim, minhas irmãs também, praticamente todo mundo exceto por parte da família do meu falecido pai.

O olhar dela é bem coisa de mãe mesmo. Acho que eu também me sentiria como ela se tivesse um filho, ao passar por essa situação... É difícil deixar ir.

Bah, tu fala em Alemãozinho e eu sou adepto da campanha "Também Quero um Alemão". ahushuashuashuauhs!!! Adoro.

Como sempre muito bom teu texto, adoro comentar, hehehehe

Abs!!!

Bernado disse...

Concordo... foi divertidíssimo imaginar você com uma gosma verde em cima da cabeça! Não ficou careca não, né, moço? rs

Abraços! =)

FOXX disse...

aff
como eu qria isso agora pra mim
dormir abraçadinho
ai

sabe qnto tempo q naum faço isso?!
=[